Vazamentos no PIX: Como a proteção de identidade pode prevenir fraudes e riscos financeiros
Em março de 2025, o Brasil registrou o primeiro vazamento de dados do ano envolvendo o sistema de pagamentos PIX. O incidente, confirmado pelo Banco Central, afetou 25.349 chaves vinculadas a uma instituição financeira autorizada a operar pelo Banco Central. Embora não tenham sido expostas senhas ou detalhes de transações, os dados vazados incluíam nome, CPF mascarado, instituição financeira, agência e tipo de conta. O que parece pouco à primeira vista é, na prática, uma mina de ouro para os fraudadores. Esses dados são suficientes para aplicar golpes de engenharia social, simular atendimentos bancários falsos e enganar vítimas por telefone ou e-mail. Mais do que um evento isolado, esse vazamento simboliza uma mudança no jogo da segurança financeira: os ataques não estão mais focados apenas em sistemas, mas nas identidades. A escala do problema: o Brasil no epicentro das fraudes digitais O vazamento ocorrido em março de 2025 reforça uma tendência alarmante: o Brasil ocupa uma posição de destaque no mapa global das ameaças cibernéticas. Esse não é um caso isolado. O Brasil tem se consolidado como um dos países mais afetados por crimes cibernéticos. De acordo com dados recentes da Surfshark, o país liderou em contas violadas na América Latina em 2024, com 84,6 milhões de contas comprometidas — um salto de 2.400% em relação ao ano anterior. Essa realidade se agrava com o sucesso do PIX. Em 2024, o sistema movimentou R$ 26,4 trilhões, se consolidando como o principal meio de pagamento do país. O crescimento da plataforma, embora positivo para a economia, tornou o ambiente ainda mais atraente para cibercriminosos. Diante dessa nova paisagem, cresce a necessidade de uma abordagem mais estratégica, onde a proteção de dados e identidade ganha papel central. A nova fronteira da cibersegurança: identidades e acessos Identidade é o novo perímetro À medida que as organizações se tornam mais conectadas, distribuídas e expostas a novos modelos de operação, o conceito de perímetro de segurança se transforma. Essa mudança no cenário da segurança digital mostra que não basta mais proteger sistemas: é preciso proteger as pessoas e suas credenciais. Em uma era de ambientes distribuídos, home office, cloud computing e sistemas interconectados como o PIX, a identidade se tornou o novo perímetro. A chave: governança de identidades e acessos Para proteger as identidades, é essencial adotar uma abordagem estruturada de governança. A governança de identidade consiste em práticas e tecnologias que garantem que apenas as pessoas certas tenham acesso aos recursos certos, no momento certo. Ela automatiza concessões e revogações de acesso, detecta comportamentos suspeitos e reforça a conformidade com legislações como LGPD, SOX e ISO. Essa mudança de mentalidade exige que empresas abandonem abordagens pontuais e adotem soluções robustas, que vão da estratégia à execução. Por que o PIX amplia o risco? Embora o PIX seja uma tecnologia robusta e bem-sucedida, seu crescimento exponencial e integração com diversos sistemas bancários e aplicativos digitais trouxe à tona novos pontos de atenção. O recente vazamento de dados associado ao sistema ilustra como qualquer brecha, por menor que seja, pode ser explorada por agentes mal-intencionados. Mas o real problema não está no PIX em si, e sim na forma como as empresas lidam com a segurança de dados e acessos. A ausência de governança de identidade, controles inadequados sobre quem acessa o quê e a falta de visibilidade sobre permissões e integrações são os verdadeiros gatilhos para ataques e fraudes. Esse tipo de incidente não se limita ao PIX: é um sintoma de uma falha estrutural na segurança digital de muitas organizações. Sistemas de pagamento, plataformas de e-commerce, aplicações em nuvem e até áreas internas de RH e financeiro são alvos potenciais quando identidades estão desprotegidas. O ponto de atenção aqui é claro: os dados de identidade são o novo campo de batalha da segurança cibernética. E, para vencê-lo, é preciso mudar a abordagem, da reação para a prevenção, do perímetro para a identidade. Fraudes mais comuns após vazamentos de dados Não é à toa que o número de fraudes cresce após vazamentos. Quando dados pessoais e financeiros caem nas mãos erradas, eles se tornam matéria-prima para ataques altamente direcionados. Golpistas usam essas informações para aplicar engenharia social em níveis cada vez mais sofisticados, criando armadilhas quase imperceptíveis para o usuário comum. Um dos golpes mais recorrentes é o phishing personalizado, que simula comunicações oficiais e utiliza dados reais para induzir o erro da vítima. Outra técnica frequente é o SIM swap, que consiste na clonagem do chip do celular para interceptar códigos de autenticação e tomar o controle de contas digitais. Golpes via aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, também são comuns — muitas vezes simulando atendimentos de bancos ou centrais de suporte. Além disso, criminosos têm explorado cobranças via PIX com extrema criatividade, gerando boletos ou QR Codes falsos para enganar usuários desavisados. A combinação entre dados vazados e rapidez das transações torna a fraude quase invisível, especialmente sem um sistema de governança que controle e monitore acessos. O elo entre dados expostos e prejuízos financeiros está cada vez mais curto — e mais perigoso. Como a SailPoint ajuda a prevenir vazamentos e fraudes financeiras Em um ambiente onde a velocidade dos ataques cibernéticos rivaliza com a agilidade dos próprios sistemas de pagamento, confiar apenas em métodos tradicionais de defesa é uma aposta arriscada. O que as empresas precisam é de uma solução que antecipe ameaças, automatize processos críticos e ofereça visibilidade total sobre as identidades que operam dentro da organização. Com esse novo cenário, soluções tradicionais não bastam. É preciso inteligência e automação para prever riscos e agir antes do dano acontecer. É exatamente isso que a plataforma SailPoint entrega. Funcionalidades críticas para o contexto PIX e financeiro A SailPoint automatiza o ciclo de vida das identidades digitais. Com ela, cada novo usuário recebe exatamente os acessos de que precisa — nada a mais, nada a menos. Essa granularidade reduz drasticamente as chances de acessos indevidos ou negligenciados. Além disso, a auditoria em tempo real permite rastrear tudo o que acontece, enquanto