Riscos invisíveis na segurança cibernética: a Falsa sensação de controle que ameaça seu negócio
No mundo corporativo, os riscos invisíveis na segurança cibernética estão entre as maiores ameaças à continuidade dos negócios. Mesmo com investimentos pesados em firewalls, EDRs e equipes de TI especializadas, muitas empresas mantêm uma falsa sensação de controle. Em fevereiro de 2025, o Brasil registrou mais de 960 ataques de ransomware em um único mês, e entre as principais vítimas estavam corporações consideradas “bem protegidas”. Esse paradoxo deixa claro que, em muitos casos, a segurança percebida é apenas uma ilusão. O dado impressiona, mas o mais alarmante foi o perfil das vítimas: grandes corporações consideradas avançadas e “bem protegidas” estavam entre os principais alvos. Esse paradoxo evidencia uma verdade incômoda: a aparência de segurança pode ser mais perigosa do que a própria exposição. A seguir, exploramos os riscos invisíveis que desafiam a percepção de controle das organizações e ameaçam os negócios, mesmo quando tudo parece estar “sob controle”. Entenda por que a falsa sensação de segurança pode criar brechas, como ameaças silenciosas se infiltram e movimentam dentro da sua empresa, o surgimento do Shadow AI fora do radar do TI, e como uma postura de segurança proativa exemplificada pelo SOC/Cyber Fusion Center da Asper, que torna-se vital para proteger a continuidade do negócio. Onde estão os riscos invisíveis A falsa sensação de segurança cibernética: o inimigo invisível No mundo corporativo, poucos riscos são tão perigosos quanto aqueles que não são percebidos. Essa é a essência da falsa sensação de segurança que permeia muitas empresas hoje. Investir em diversas soluções de segurança e cumprir requisitos de conformidade pode dar a impressão de que “tudo está bem” simplesmente porque relatórios e dashboards estão verdes. Quando os sistemas não disparam alertas, presume-se que não haja incidentes. Porém, os ataques modernos acontecem exatamente nesse vácuo de vigilância, quando acreditamos que o ambiente está controlado, mas, na verdade, faltam visibilidade e preparo real. Por que estar compliance-ready não elimina riscos invisíveis Estudos recentes confirmam esse paradoxo. De acordo com dados da IBCybersecurity, a maior parte dos ataques bem-sucedidos em 2023 ocorreu em ambientes considerados “maduros” e compliance-ready – ou seja, empresas supostamente bem protegidas e alinhadas a normas. Empresas supostamente bem protegidas e alinhadas a normas e frameworks de segurança reconhecidos (como NIST e CIS Controls) ainda assim enfrentaram incidentes inesperados evidência de que estar “compliance-ready” não garante imunidade total. A maturidade percebida não impediu o risco, justamente porque segurança não é sinônimo de instalar ferramentas e sim de usá-las estrategicamente. Um antivírus de ponta pouco vale se mal configurado; backups não evitam desastres se nunca são testados; e um firewall mal segmentado pode se tornar praticamente invisível para o invasor. Tudo isso pode acontecer enquanto a equipe confia excessivamente nos indicadores de segurança e deixa de lado a vigilância ativa. A verdadeira segurança exige orquestração e integração efetiva de pessoas, processos e tecnologia. Em vez de tratar a segurança cibernética como um estado alcançado, deve-se encará-la como uma prática contínua. Assim é possível evitar o comodismo e detectar ameaças sutis antes que causem danos. Em suma, combater a ilusão de controle passa por reconhecer que estar em conformidade ou ter ferramentas de última geração não basta – é preciso uma postura de melhoria constante, validações frequentes e atenção aos sinais por mais discretos que sejam, essa é a essência da falsa sensação de segurança que permeia muitas empresas hoje. Movimentação lateral: o risco interno invisível Mesmo quando uma empresa mantém fortes defesas de perímetro, o perigo pode já estar dentro de casa. Atacantes habilidosos que obtêm acesso inicial a um ponto na rede frequentemente avançam silenciosamente pelos sistemas, prática conhecida como movimentação lateral. Esse movimento sorrateiro desafia a percepção de controle, pois atividades maliciosas internas podem passar despercebidas como tráfego ou ações legítimas. Na realidade, cerca de 60% dos ataques cibernéticos modernos utilizam movimentação lateral em algum momento para escalar privilégios e atingir dados sensíveis. Ou seja, mais da metade das brechas envolve invasores circulando livremente pela infraestrutura após a intrusão inicial. Como a movimentação lateral representa riscos invisíveis na segurança cibernética O mais preocupante é o quão difícil é detectar essas movimentações internas com abordagens tradicionais. Testes de segurança mostraram que 96% dos comportamentos de movimentação lateral não geram alerta algum em sistemas de monitoramento, deixando os defensores literalmente “no escuro” diante do ataque. Isso ocorre porque os invasores exploram credenciais válidas, ferramentas nativas e outros meios que se misturam às operações normais da rede, impostando-se como usuários legítimos. Em outras palavras, o adversário se disfarça de tráfego comum, evitando chamar atenção enquanto se move de um servidor a outro em busca dos ativos mais críticos. As consequências dessa cegueira interna podem ser devastadoras, já que essa técnica está entre os riscos invisíveis na segurança cibernética mais difíceis de detectar. Quando finalmente detectada, a intrusão já atingiu diversos sistemas, elevando exponencialmente o custo e o impacto da resposta. Para combater esse risco invisível, práticas como segmentação de rede e modelo Zero Trust vêm ganhando espaço, limitando movimentos laterais ao compartimentar acessos aliados a monitoramento comportamental avançado capaz de distinguir atividades anômalas em meio ao ruído. Contudo, implementar essas estratégias e reagir rapidamente a sinais sutis exige um nível de preparo e coordenação que muitas organizações ainda não possuem internamente. Por isso, a detecção e bloqueio da movimentação lateral tornou-se um dos focos da nova geração de centros de operação de segurança. Shadow AI: um dos riscos invisíveis na segurança cibernética Além das ameaças externas, as empresas enfrentam riscos gerados dentro de suas próprias estruturas pela chamada Shadow AI. O termo, análogo ao “shadow IT”, refere-se ao uso não autorizado ou não supervisionado de ferramentas de inteligência artificial por funcionários, sem o conhecimento ou controle do departamento de TI. Com a popularização de soluções de IA generativa e outras plataformas acessíveis na nuvem, colaboradores de todas as áreas passaram a adotar essas tecnologias para otimizar tarefas, frequentemente sem considerar as implicações de segurança. O fenômeno é amplo e representa um dos riscos invisíveis na segurança cibernética que surgem com a adoção não monitorada